Suporte de standards pelos browsers da web: Uma questão de Chrome

Pouco depois do Google Chrome ser lançado, quase há 3 anos atrás (Novembro de 2008) decidi testar os principais browsers para ver qual deles suportava melhor os standards.

Estes foram os resultados que obtive na altura:

Acid1 Acid2 Acid3 CSS3 Selectors
Opera 9.62 Passou Passou 85/100 578/578
Google Chrome Passou Passou 78/100 578/578
Safari 3.1.2 Passou Passou 74/100 578/578
Firefox 3.0.3 Passou Passou 71/100 373/578
Firefox 1.5.0 Passou Falhou 53/100 578/578
Firefox 2.0.0 Passou Falhou 52/100 578/578
Internet Explorer 8 beta 2 Passou Passou 12/100 349/578
Internet Explorer 7.0.6 Passou Failed 5/100 330/578
Internet Explorer 6 Passou Falhou 4/100 274/578
Internet Explorer 5.5 Falhou Falhou 6/100 -

E foi isto que escrevi então:

Não estou particularmente surpeendido com os resultados. O Firefox tornou-se muito melhor com a versão 3, mas ainda não suporta todos os selectores CSS3. O novo browser Chrome, com o seu ênfase nos standards, tem um bom começo. O Opera com resultados muito bons como sempre. O Internet Explorer ainda tem muito trabalho pela frente para apanhar os outros browsers.

Agora, depois deste tempo todo, que tipo de evolução tiveram os browsers? Estes são os resultados que obtive hoje com a última versão estável de cada browser:

Acid1 Acid2 Acid3 CSS3 Selectors*1 HTML5 (máx. 450)
Opera 11.11 Passou Passou 100/100 574/574 278 + 7 bónus
Google Chrome 12.0.742.100 Passou Passou*3 100/100 558/574 328 + 13 bónus
Safari 5.0.5 Passou Passou*3 100/100 574/574 212
Firefox 5.0 Passou*2 Passou*3 97/100 574/574 286 + 9 bónus
Internet Explorer 9.0.8112.16421 Passou*2 Passou*3 95/100 574/574 141 + 5 bónus
Android 2.2 browser Passou*2 Quase*4 93/100 574/574 184
Android 3.0 browser Passou*2 Quase*4 100/100 574/574 222 + 3 bónus

*1 O teste dos selectores CSS3 apenas tem 574 testes agora (antigamente eram 578). A razão para isto é que alguns dos testes não podem ser executados nas versões mais recentes dos browsers, por motivos de segurança/privacidade. Mais detalhes podem ser encontrados na página de resultados do respectivo teste.

*2 Há uma pequena diferença entre a referência e o resultado que obtive. A frase "i grow old" aparece toda na mesma linha enquanto na referência ocupa 2 linhas. Independentemente disso, vou considerar que passaram o teste, já que este não oferece uma pontuação exacta e está praticamente igual.

*3 Há uma pequena diferença de tamanho no nariz comparado com a referência. O Opera é o único browser onde isto não se nota.

*4 A linha preta no topo da cara não aparece. Existe um fundo vermelho na zona dos olhos.

Adicionei o teste HTML5, que não existia há 3 anos atrás. Também decidi testar os browsers do Android. Peço desculpa aos fãs da Apple/Windows/Blackberry/etc, não tenho outros dispositivos disponíveis para testar.

Surpreendentemente, o Chrome baixou no teste dos selectores CSS3. Não faço a mínima ideia porquê, mas experimentei correr o mesmo teste na versão do Chrome do canal beta e obtive 100% (574/574) novamente.

Quanto ao resto dos resultados, é claro o impacto que a guerra dos browsers iniciada pelo Chrome teve na evolução dos browsers. Quase todos têm uma pontuação perfeita em todos os testes, com a excepção do teste HTML5.

Claro que estes testes são bastante específicos e que podemos medir um browser tendo em conta diversas métricas, mas mesmo considerando um factor como a rapidez, os browsers modernos começam a atingir níveis em que é difícil aos utilizadores distinguirem a sua performance.

Esta guerra ainda não acabou e ao ritmo que os fabricantes de browsers estão a inovar, podemos esperar um futuro brilhante para a web. O Chrome continua a adicionar mais e mais funcionalidades (como as páginas instantâneas e o standard WebRTC para comunicações em tempo real - apenas para mencionar algumas das mais recentes) e com isso vai estabelecendo novos limites. Os outros browsers não querem ficar para trás - aperceberam-se da importância disto e estão a inovar de seu próprio mérito também.

Nuno Freitas
Publicado por Nuno Freitas em 23 junho, 2011

Artigos relacionados